sábado, 29 de dezembro de 2007

Uma História de Encantar


Este filme é algo de impressionante...onde o real e o imaginário se encontram e se confundem...Qual dos mundos é mais real?...e mais importante...quem é mais "real"?


Giselle: Nobody has been very nice to me
Robert Philip: Yeah, well, welcome to New York.
Giselle: Thank you.

[Prince Edward sits on a remote control and sees the TV turn on]
Prince Edward: It seems as if this box controls the Magic Mirror.

Prince Edward: Thank you for taking care of my bride, peasants.

Giselle: Oh, it's you.
Prince Edward: Yes, it's me. And you are?
Giselle: Giselle.
Prince Edward: Oh, Giselle! We shall be married in the morning!

Nathaniel: Sire, do you like yourself?
Prince Edward: What's not to like?

Giselle: Now if only I can find a place to rest my head for the night.
[an angry midget runs under Giselle's dress]
Grumpy: Hey! Watch it, will ya?
Giselle: Grumpy!
Grumpy: Geez, lady! Are you for real?
Giselle: I-I think so.

Sam: [referring to Giselle] She has no driver's license, no passports, and no records and I've called every travel agency and none of them have ever heard of this place: "Andalusia".
Robert: Andalasia.
Sam: Whatever. I don't know if that's even a country, a city...
Robert: It doesn't even sound like a state.
Sam: Or a state of mind.
Robert: Did she tell you where it was located?
Sam: She said it was located "past the Meadow of Joy and [mocking Giselle] ...beyond the Valley of Contentment".


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O meu nome sou eu


É estranho quando conhecemos alguém e sentimos imediatamente uma empatia por essa pessoa, mas acabamos por mostrar-nos indiferentes - como protecção, para não sofrermos - por o mesmo não acontecer da outra parte... Estranho, por habitualmente a empatia acontece de parte a parte. Como tenho muita dificuldade em esconder a minha alegria natural, o meu entusiasmo... ou neste caso a minha tristeza e o meu constrangimento, torna-se complicado para mim lidar com isso...Sinto também quando as pessoas não estão à vontade comigo, e quando isso acontece eu perco também a minha naturalidade e espontaneidade ("exuberância", como a minha Vovó diz!)... e fico um pouco desorientada. Talvez esteja mal habituada, e estou...não é costume as pessoas não simpatizarem comigo, sobretudo quando é alguém com quem simpatizo. Mas isso é algo com que eu própria tenho de aprender a lidar...


Curioso, que cada vez mais penso que o meu nome é a minha maior luta...a toda a hora tenho de por à prova o que o meu nome significa...sou o que sou, sou o que vêem, e mais do que o que vêem...apesar de ser transparente não significa que entendam sempre o que vêem nos meus olhos e nas minhas palavras...e é quando isso acontece com mais intensidade que surgem alguns problemas, porque nem sempre as pessoas acreditam no que está bem à frente dos seus olhos...O meu nome...o meu nome sou eu.

domingo, 25 de novembro de 2007

Asteróide 5535



5535 Annefrank

Image of 5535 Annefrank
taken by the Stardust space probe


...o que parece este asteróide?


5535 Annefrank is an inner main belt asteroid, and member of the Augusta family. It was discovered by Karl Reinmuth in 1942. It is named after Anne Frank, the Dutch-Jewish diarist who died in a concentration camp (the name was not chosen until about 1995).

In 2002, the Stardust space probe flew past Annefrank at a distance of 3079 km. Its images show the asteroid to be 6.6 × 5.0 × 3.4 km in diameter, twice as big as previously thought, and of an irregular shape with craters. From the photographs, the albedo of Annefrank was computed to be 0.24.



...da família "Augusta"...é, de facto não há coincidências.


Fonte: http://www.answers.com/topic/5535-annefrank?cat=technology

sábado, 24 de novembro de 2007

*

Iniciação









Não dormes sob os ciprestes,
Pois não há sono no mundo.
..................................................

O corpo é a sombra das vestes
Que encobrem teu ser profundo.

Vem a noite, que é a morte,
E a sombra acabou sem ser.
Vais na noite só recorte,
Igual a ti sem querer.

Mas na Estalagem do Assombro
Tiram-te os Anjos a capa.
Segues sem capa no ombro,
Com o pouco que te tapa.

Então Arcanjos da Estrada
Despem-te e deixam-te nu.
Não tens vestes, não tens nada:
Tens só teu corpo, que és tu.

Por fim, na funda caverna,
Os Deuses despem-te mais.
Teu corpo cessa, alma externa,
Mas vês que são teus iguais.

A sombra das tuas vestes
Ficou entre nós na Sorte.
Não 'stás morto, entre ciprestes.
..........................................................
Neófito, não há morte.


Fernando Pessoa, O Rosto e as Máscaras

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A Via do Meio




"Se apertares demasiado a corda ela parte-se, se não apertares o suficiente ela não toca"
Como diz Siddharta (o nome de Budha, antes de se tornar um Iluminado), estas simples palavras ditas por um mestre tocador de cítara ao seu aluno, contêm uma grande verdade...
Siddharta = "Aquele que traz o Bem" / Budha = "O Iluminado"

..."O caminho para a Iluminação (Enlightenment) está na Via do meio, é a linha entre todos os extremos opostos"
Siddharta, no filme O Pequeno Budha


terça-feira, 30 de outubro de 2007

Transparente


Quanta pressão pode uma pessoa colocar nos próprios ombros? Quanta é que aguenta? ...Quanto mais tentamos mostrar que não a sentimos, mais ela transparece...e mais transparentes nos tornamos...Quanto mais temos medo de errar, mais pressão colocamos em nós...e erramos mais. Para descontrair, é preciso ir além do medo; para acertar, é preciso aceitar que podemos falhar.

Ser transparente tem, como tudo o resto, aspectos positivos e negativos: por uma lado, as pessoas conhecem-nos, sabem-nos de cor, como um livro aberto; por outro, podemos ser tão transparentes, que há quem não consiga lidar com o que vê, não consegue acreditar...O que fazer? Vêem-nos, mas não crêem no que vêem! Será porque não crêem em si próprios, não estão/são seguros de quem são? A vida tem-me mostrado que as pessoas vêem o que querem ver...Mas temos de sair de nós para ver claramente, ou pelo menos imparcialmente. Se vemos através dos nossos medos e inseguranças, estamos a ver o nosso reflexo nas outras pessoas, mas não as estamos a ver de facto...











Como a água da nascente,
minha mão é transparente,
aos olhos da minha avó.
Entre a terra e o divino,
minha avó negra sabia
essas coisas do Destino.

(Rui Veloso, Transparente)


"Transparente", cantado por Mariza



* os vossos comentários são muito bem-vindos! *

sábado, 27 de outubro de 2007

Palavras




Sintra


Como gosto que tudo seja o mais belo possível, até escrever por vezes me custa, porque quero que as minhas palavras sejam poesia... mas "elas" só se tornam poesia quando elas querem, e não quando é essa a minha vontade... Pode ser que um dia consiga fazê-lo, por enquanto ainda não, longe disso... Mas o mais belo de tudo...é talvez esse caminho, a busca desse ideal, não tanto encontrá-lo... Por isso, se um dia as minhas palavras se tornarem poesia, talvez tenham perdido o seu encanto...

* os vossos comentários são muito bem vindos! *

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Yoda


O Yoda da Guerra das Estrelas / Star Wars é dos personagens mais interessantes e mais sábios que vi até hoje no cinema. Sobretudo pelas suas afirmações simples e certeiras...não é de estranhar, as coisas mais simples são as mais verdadeiras, as mais importantes, pois são conhecimento em essência.





Yoda: I am wondering, why are you here?
Luke: I'm looking for someone.
Yoda: Looking? Found someone, you have, I would say, hmmm?
Luke: Right...
Yoda: Help you I can. Yes, mmmm.
Luke: I don't think so. I'm looking for a great warrior.
Yoda: Ohhh. Great warrior.
[laughs and shakes his head]
Yoda: Wars not make one great.

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Luke: All right, I'll give it a try.
Yoda: No.
Try not. Do... or do not. There is no try.

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Luke: I don´t believe it!
Yoda: That, is why you fail.

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Yoda: How feel you?
Anakin: Cold, sir.
Yoda: Afraid are you?
Anakin: No, sir.
Yoda: See through you we can.
Mace Windu: Be mindful of your feelings.
Ki-Adi-Mundi: Your thoughts dwell on your mother.
Anakin: I miss her.
Yoda: Afraid to lose her I think, hmm?
Anakin: What has that got to do with anything?
Yoda: Everything! Fear is the path to the dark side. Fear leads to anger. Anger leads to hate. Hate leads to suffering. I sense much fear in you.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Representação



Desde que me conheço por gente que sempre fui fascinada por representação. Como é que um actor personifica determinada personagem, como a compõe? E quando a representa, o que põe nela de si próprio? Sente realmente o que diz, ri com a personagem, sofre com ela? E após representar uma cena muito intensa, ela afecta-o, consegue voltar "a si" rapidamente, ou fica sempre uma parte da personagem dentro dele? Afinal, a personagem é ou não é uma parte de si próprio? Provavelmente, se estas questões fossem colocadas a actores, haveriam respostas muito diferentes...porque as pessoas são diferentes, não pensam, sentem ou experienciam as coisas da mesma forma...aliás, essa é também uma das coisas mais maravilhosas dos seres humanos, a infinidade de possibilidades em que são capazes de pensar, e ser.

Encontrei na Wikipedia este texto sobre representação, que me pareceu muito interessante:

Affective memory, also known as 'emotional memory', is an element of Stanislavski's ‘system’ and of Method Acting, two related approaches to acting. Affective memory requires the actor to call on the memories he or she felt when they were in a situation similar (or more recently a situation with similar emotional import) to that of their character. Stanislavski believed an actor needed to take emotion and personality to the stage and call upon it when playing their character. He also explored the use of objectives, the physical body's effect on emotions and empathizing with the character.
"Emotional recall" is a the basis for Lee Strasberg's Method Acting. "Sense memory" is used to refer to the recall of physical sensations (instead of emotions). Many modern actors and actresses, however, believe that emotional recall is not authentic "acting".The argument is that the actor is meant to be imitating the character's emotions and not actually experiencing them. The general consensus, however, is that proper acting is a combination of many techniques, and that no actor should be restricted to one way of performing.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Affective_memory


"I know people think that acting is not quite the occupation of grown-ups, but it is actually the ultimate learning process: You get a multitude of experiences, all for the price of one life."
Natalie Dormer

domingo, 14 de outubro de 2007

Would You Be Happier?




Have you ever wondered where the story ends,
And how it all began? I do!

Did you ever dream you were the movie star
With popcorn in your hand? I did!

Do you ever fell you're someone else inside,
And no one understands, You are!

And wanna disappear inside a dream
But never wanna wake, Wake up...

Then you stumble on tomorrow,
And trip over today.
Would you be happier, if you weren't so un-together?
Would the sun shine brighter, if you played a bigger part?
Would you be wonderful, if it wasn't for the weather?
You're gonna be just fine.

Are you not afraid to tell your story now,
But everyone is gone, It's too late!
Why everything you've ever said or done
Not the way you planned, mistake...

So you promised that tomorrow
Be different than today.

Would you be happier, if you weren't so un-together?
Would the sun shine brighter, if you played a bigger part?
Would you be wonderful, if it wasn't for the weather?
You´re gonna be just fine,
I think you're gonna be just fine.

You're racing for tomorrow,
Not finished with today...

So don't worry baby,
You´re gonna be just fine
So don't worry honey,
You´re gonna be just fine.

Would You Be Happier, The Corrs

sábado, 13 de outubro de 2007

Quinto Império


Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa,
Da lareira a abandonar!

Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz -
Ter por vida a sepultura.

Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!

E assim, passados os quatro
Tempos de ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.

Grécia, Roma, Cristandade,
Europa - os quatro se vão
Para onde vai toda a idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D.Sebastião?


Fernando Pessoa, em Mensagem
Foto: imagem de satélite de uma nebulosa conhecida pelo nome "O Olho de Deus"

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Mistérios...















Henrique VIII e Ana Bolena Por ocasião da série "The Tudors" que está a passar na televisão portuguesa, tenho andado a navegar pela net em busca de mais informação sobre uma época e uma dinastia que me intriga. Quando aos meus 8 anos fui a Londres, e passei pela torre homónima, o meu Pai falou-me de algumas histórias sobre os fantasmas que a "assombram", e que mais do que assustar, me deixaram curiosa...felizmente apesar de termos medo do desconhecido, a nossa curiosidade pelo desconhecido é maior ainda, senão não aprendíamos quase nada!


Sobre Ana Bolena (cujo brasão da família coloquei à esquerda), a segunda das seis esposas de Henrique VIII, nascida na altura em que os portugueses chegavam ao Brasil, e mãe daquela que é considerada por muitos a maior rainha de sempre da Inglaterra - Isabel I (Elizabeth I) - , não se sabe muito... mas sabe-se o suficiente para despertar uma grande curiosidade até hoje, nem que seja pelo seu fantasma que alguns ainda dizem ver na Torre de Londres... Mas isso decerto não seria o suficiente para que diversos escritores, pintores, realizadores e até compositores a escolhessem ainda hoje como tema das suas obras... mistérios...

Deixo então o discurso proferido por Ana Bolena momentos antes da sua execução...É impressionante a sua calma e mais ainda, a sua bondade para com aquele que a mandou executar, o seu próprio marido, à partida, sob falsas acusações de adultério. O motivo talvez mais acertado seja o facto de Ana Bolena, por quem Henrique VIII havia sido profundamente apaixonado (ao ponto de se separar de Roma por o Papa não lhe dar permissão para se divorciar e casar com ela) não lhe ter conseguido dar um filho varão, herdeiro do trono, e entretanto este já ter em vista uma futura esposa... Diz-se que o executor de Ana Bolena ficou tão sensibilizado com ela que a enganou no momento de desferir o golpe fatal, para que esta não sofresse mais pela antecipação...



ANNE BOLEYN'S SPEECH AT HER EXECUTION

MAY 19, 1536, 8 O'CLOCK IN THE MORNING


Good Christian people, I am come hither to die, for according to the law, and by the law I am judged to die, and therefore I will speak nothing against it. I am come hither to accuse no man, nor to speak anything of that, whereof I am accused and condemned to die, but I pray God save the king and send him long to reign over you, for a gentler nor a more merciful prince was there never: and to me he was ever a good, a gentle and sovereign lord. And if any person will meddle of my cause, I require them to judge the best. And thus I take my leave of the world and of you all, and I heartily desire you all to pray for me. O Lord have mercy on me, to God I commend my soul.

After being blindfolded and kneeling at the block, she repeated several times: To Jesus Christ I commend my soul; Lord Jesu receive my soul.


Recorded by Edward Hall (spelling modernized)

Fonte: http://tudorhistory.org/primary/abexecution.html



P.S. - Deixo um link para um vídeo com cenas da série "The Tudors" que achei no Youtube e que me surpreendeu... A música de fundo ("Stolen", Dashboard Confessional) apesar de nada ter a ver com a época em questão, por algum motivo, parece encaixar-se perfeitamente...

* os vossos comentários são muito bem vindos! *

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Pó de Estrelas


"Quando as estrelas explodiram há biliões de anos atrás elas formaram tudo o que existe neste mundo. Tudo o que conhecemos é pó de estrelas (stardust). Por isso não se esqueçam, vocês são pó de estrelas!" (Antes de Amanhecer / Before Sunrise)

Como as estrelas vêem a Terra...

You know when I said I knew little about love? That wasn't true. I know a lot about love. I've seen it, centuries and centuries of it, and it was the only thing that made watching your world bearable. All those wars. Pain, lies, hate... It made me want to turn away and never look down again. But when I see the way that mankind loves... You could search to the furthest reaches of the universe and never find anything more beautiful. So yes, I know that love is unconditional. But I also know that it can be unpredictable, unexpected, uncontrollable, unbearable and strangely easy to mistake for loathing ("Yvaine", do filme Stardust)

domingo, 30 de setembro de 2007

Terras da Moura Encantada...



Ouvi pela primeira vez a Amina Aloui num concerto dos Terra de Abrigo - Ronda dos 4 Caminhos, no CCB, e fiquei encantada com a voz dela. É uma daquelas vozes que nos transportam para muito longe...mas ao mesmo tempo, incrivelmente perto! Leva-nos para as terras mouras e seus pátios com fontes refrescantes, onde se sente o cheiro a flor de laranjeira e especiarias...parece que ainda me lembro...

Ora ouçam...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Become what we see...



"I have this theory
That if we are told we are bad,
Than that's the only idea we'll ever have.
Maybe if we are surrounded in beauty,
Someday we will become what we see
'Cause anyone can start a conflict,
It's harder yet to disregard it.
I'd rather see the World from another angle,
We are everyday angels..."

I'm Sensitive, Jewel



Foto tirada nos Jardins do Ultramar em Belém

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Um sorriso...



Sorriso...há quem acredite que quando sorrimos muito é porque não conhecemos as agruras da vida, tão simples quanto isso!...Mas não somos todos iguais, felizmente. Um sorriso, um verdadeiro sorriso, ilumina os corações, torna tudo mais leve e com mais sentido...o sentido da vida...nem todos vêem o mesmo sentido na vida, mas é bom que cada um saiba qual o sentido que ela tem para si...ninguém quer andar à deriva! Sorrir é uma forma de estar...e uma maneira de ser.


"The genuine smile is the expression of wholeheartedness"

Dalai Lama, Lisboa, 16 de Setembro 2007

* os vossos comentários são muito bem-vindos! *

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Sintra


Sintra é, literalmente, um monte de mistérios por descobrir. A densa neblina que habitualmente cobre esta serra é um prenúncio disso mesmo...Sintra, "A Encoberta".

Quando olho para Sintra pressinto o que não vejo, mas sinto...


Foto tirada do jardim dos meus avós em Sintra

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Nessun Dorma


Esta ária é de facto algo de maravilhoso...só ouvindo mesmo!
...Não há uma única vez em que ouça esta música e não sinta arrepios... quando algo nos toca bem fundo - mesmo sem sabermos exactamente porquê - algo vibra tão profundamente no nosso Ser que o nosso corpo reage dessa forma, e parece que não cabemos em nós... são "impactos hiper-físicos", como lhes chamou o Professor Henrique José de Souza.
Aqui ficam as letras e a sua tradução para inglês:



Nessun dorma, nessun dorma ...
Tu pure, o Principessa,
Nella tua fredda stanza,
Guardi le stelle
Che tremano d'amore
E di speranza.
( No one sleeps, no one sleeps... Even you, o Princess, In your cold room, Watch the stars, That tremble with love And with hope).

Ma il mio mistero è chiuso in me,
Il nome mio nessun saprà, no, no,
Sulla tua bocca lo dirò
Quando la luce splenderà,
Ed il mio bacio scioglierà il silenzio
Che ti fa mia.
( But my secret is hidden within me; My name no one shall know, no, no, On your mouth I will speak it, When the light shines, And my kiss will dissolve the silence That makes you mine).

Chorus
Il nome suo nessun saprà
E noi dovrem, ahimè, morir.
(No one will know his name And we must, alas, die).

Dilegua, o notte!
Tramontate, stelle!
All'alba vincerò!
(Vanish, o night! Set, stars! At daybreak, I shall conquer!).
* os vossos comentários são muito bem-vindos! *

Bem-aventurados



"Bem-aventurados os que não têm medo de mostrar o que não sabem"


Paulo Coelho, O Zahir


Para inaugurar este blog, escolhi uma frase que me "perturbou" o suficiente para me lembrar dela muitas vezes desde que li o Zahir, está genial! É curioso como temos tendência a esconder o que não sabemos...temos receio de o mostrar, por vezes fingimos ou damos a entender que sabemos para não admitirmos (sobretudo a nós próprios) que não sabemos...pura insegurança!...é preciso coragem para revelarmos as nossas fraquezas, mesmo que nao o sejam de facto...E o mais curioso é que é mostrando o que não sabemos que nos dispomos a aprendê-lo!

Desenho de Mary GrandPré