domingo, 25 de maio de 2008

A Voz do Silêncio

(...)

"Aquele que quiser ouvir a voz de Nada, o Som sem som, e compreendê-la, terá de aprender a natureza do Dharana. (...)

Antes que a Alma possa ver, deve ser conseguida a harmonia interior, e os olhos da carne tornados cegos a toda a ilusão.

Antes que a Alma possa ouvir, a imagem (o homem) tem de se tornar surda aos rugidos como aos segredos, aos gritos dos elefantes em fúria como ao susurro prateado do pirilampo de ouro.

Antes que a Alma possa compreender e recordar, ela deve primeiro unir-se ao Falador Silencioso, como a forma que é dada ao barro se uniu primeiro ao espírito do escultor.

Porque então a Alma ouvirá e poderá recordar-se.

E então o ouvido interior falará


A Voz do Silêncio


(...) Diz a grande Lei: "Para te tornares o conhecedor da Personalidade Total, tens primeiro de conhecer a Personalidade". Para chegares ao conhecimento dessa Personalidade, tens de abandonar a personalidade à não-personalidade, o ser ao não-ser, e poderás então repousar entre as asas da Grande Ave. Sim, suave é o descanso entre as asas daquilo que não nasce, nem morre, mas é o AUM através de eras eternas."


Excertos do livro "A Voz do Silêncio. Fragmentos Extraídos do Livro dos Preceitos Áureos [ensinamentos dos monges tibetanos] por Helena Petrovna Blavatsky". Tradução para Português de Fernando Pessoa

Desenho de Pablo Picasso


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