sábado, 31 de maio de 2008

O Tempo dos meus Avós


Quando ouço o Fado sinto - no ambiente que estas músicas criam - uma alegria que não sei explicar... depende do fado, é claro, mas de uma maneira geral sim. As músicas da Amália quando jovem, têm uma inocência, uma candura, e uma leveza impressionantes, algumas mesmo quando tristes... São músicas com um sentido próprio, e simbolizam para mim uma forma de viver e de amar que associo ao tempo dos meus Avós, quando eram jovens, mas que permaneceu neles. A música é como a fotografia, mas em vez de registar momentos, regista épocas inteiras, reflecte formas de viver e de sentir... Às vezes, quando ouço estas músicas, sinto-me mais perto dos Avós que já não tenho, e também dos que ainda tenho, pois este é o sentir deles, o mundo deles.

Esta música é para mim um reflexo do que escrevi...



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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Falar e Calar





O homem comum fala, o sábio escuta, o tolo discute.


Provérbio Oriental



Conhece-se o coração de um homem pelo que ele faz, e a sua sabedoria pelo que ele diz.


Provérbio Persa



Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio.


Provérbio Indiano




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Provérbios Árabes





"A coisa mais difícil para o Homem é o conhecimento próprio"


* * *


"Volta o teu rosto sempre na direcção do Sol e, então, as sombras ficarão para trás"


* * *


"Não é mérito o facto de não termos caído, e, sim, o de termos levantado todas as vezes que caímos"






Foto tirada em Córdoba (Espanha), ao pátio interior de uma casa árabe



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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Badulaque



« Bem disse o avô Celestino: "Deus é assunto delicado de pensar; faz conta um ovo: se apertarmos com força, parte-se; se não segurarmos bem, ai". Tantas coisas loucas os homens pensam sobre Deus. Esses tais se parecem com um tico-tico que me visita sempre. Pois ele se assenta no parapeito da janela e fica a bicar o vidro. Se lhe perguntássemos a razão porque ele fica bicando o vidro ele nos responderia : "O que é vidro? Não estou bicando vidro, bico esse tico-tico à minha frente, invasor do meu espaço. Mas o danado é esperto. Ele sempre adivinha onde vou bicar e se defende. O meu bico sempre bate no bico dele. Ele parece nada sofrer mas o meu bico está doendo..." Pobre tico-tico. Ele não sabe o que são espelhos. Assim são os homens: vêem o seu rosto reflectido nas águas do Mar Sem Fim e pensam que a imagem que vêem é o rosto do Senhor do Mar, olhando para eles. Como o tico-tico, eles não se dão conta de que estão vendo sua própria imagem, refletida. Se você quiser saber como é a alma de uma pessoa, peça-lhe para lhe falar sobre o seu Deus. Tudo o que ela disser sobre o seu Deus estará falando sobre si mesma. Pessoas vingativas tem um deus vingativo. Como disse Bachelard, para se acreditar no inferno é preciso ter muitas vinganças a realizar. Pessoas que se deixam comprar por bajulações e favores têm um Deus que se deixa comprar por bajulações e favores... Acham que isso é normal. Pessoas com alma policial têm um Deus carrasco... Pessoas que amam a música têm um Deus que é música... Pessoas que amam jardins têm um Deus jardineiro... »

Rubem Alves, Mais Badulaques

Inner Embrace, Desenho de Mary GrandPré

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quarta-feira, 28 de maio de 2008

O Melhor Remédio

...Por vezes, rir é mesmo o melhor remédio!...


Agradeço à prima Sandra ter enviado este vídeo tão simples e tão maravilhoso ao meu Papi, e assim poder postá-lo aqui... é uma ternura mesmo!

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terça-feira, 27 de maio de 2008

A Música


"Só posso entender o espírito da música como sendo o espírito do Amor"

Richard Wagner


"Os homens precisam, com instrumentos e vozes, desencadear vibrações que correspondam às suas vibrações internas"

Hector Berlioz


Music is the purest form of art... therefore true poets, they who are seers, seek to express the universe in terms of music (...) But music never has to depend upon any obvious meaning; it expresses what no words can ever express"

Rabindranath Tagore



Desenho de Mary GrandPré


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segunda-feira, 26 de maio de 2008

O Mistério de Joana D'Arc (III)

continuação do post anterior...


A Libertação de Joana – “Ela pede ao bispo que a confesse e ele se nega, mas permite que outro o faça. É colocada numa carroça e conduzida ao mercado velho de Rouen, capital da Normandia, onde o cadafalso já estava erguido (…). Imediatamente após a leitura [da sua sentença de morte] Joana se ajoelha e perdoa a todos, seus algozes, os borgonheses e os ingleses, seus maiores inimigos, os juízes que a condenaram. Narram os livros que não houve quem não chorasse. A comoção foi total. Até os ingleses se comoveram. Em nenhum momento acusou Carlos VII de tê-la abandonado. Ao contrário, defendeu-o até o fim, dizendo que fizera tudo por livre e espontânea vontade. Aquela que lutou pelo povo e por seu rei e a quem o povo e o rei abandonaram, não mostrou ao morrer a não ser compaixão por eles. Atributo só dos fortes e dos heróis. Sabemos que perdoar não é mesmo para os fracos (…). Seus restos foram jogados ao Sena, mas curiosamente as entranhas e o co­ração de Joana D’Arc, a morada oculta de Brahma, o santuário de Deus no homem, este não queimou. Quantas não coincidências! Quantos mistérios! Restou o coração, grande demais para o fogo! Nobre demais para queimar!"


Final - "(…) Esta é a Joana que conhecemos, a heroína da França, lembrada na Revolu­ção Francesa, trezentos anos depois, evocada em todas as batalhas de Napoleão ea aclamada pela Resistência em 1945.
Mas possivelmente existam outras Joanas, escondidas, ocultas em nosso dia-a-dia, cheias de força e coragem, de amor e fé, vivendo seu próprio, silencioso e contido calvário. As Joanas anônimas das lavouras, dos barracos, dos becos, as Joanas das esquinas, das fábricas, as que jamais conheceremos.
Que o Eterno nos abençoe com mais seres como Joana D' Arc, mas que essencialmente possamos ser dignos de merecê-los e principalmente de reconhecê-los.”


Excertos do artigo “Joana D’Arc, A Donzela de Orlèans”, da autoria de Iara Fortuna, publicado na revista “Dhâranâ”, Revista de Ciência, Filosofia e Religiões Comparadas. (Ano 76, Edição 237, Novembro 2000)

A imagem do primeiro post (Joana visitada por um anjo) é parte integrante da mesma revista.



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O Mistério de Joana D'Arc (II)

continuação do post anterior...


Martírio de Joana (sobre o julgamento) – “Todos os inquisidores acreditaram que seria um processo rápido, sim­ples e fácil. A justiça medieval era su­mária. Um rápido interrogatório e a absolvição ou a morte. O processo de Joana durou três meses, fora um ano em que estivera presa. Tempo demais para um julgamento daquela época. E isto porquê? Porque imaginava-se que ela, uma jovem analfabeta, simples, humilde, que não sabia sequer escre­ver o próprio nome, cairia como um passarinho diante das perguntas inci­sivas, dúbias, cheias de segundas in­tenções de seus interrogadores, per­guntas sobre teologia, aspectos dou­trinários da fé, a diferença entre Igre­ja triunfante e Igreja militante, que evidentemente Joana não tinha a mí­nima idéia do que se tratava. Mas seus inquisidores não contavam com a in­teligência, perspicácia, inspiração e raciocínio rápido de Joana. Para saber que estamos realmente à frente de um prodígio inspirado por leis ocultas, só analisando as quinze sessões do in­terrogatório de Joana D’Arc e observando minuciosamente as suas res­postas, que deixaram os doutos e juízes boquiabertos, estupefatos, di­ante de tamanha inteligência e de­senvoltura. O relator do processo Guilhaume Manchon chegou a di­zer que só uma enviada dos céus poderia safar-se como ela das per­guntas maliciosas de seus interlocutores, homens letrados de profunda erudição. Só para citarmos um exemplo, questionada sobre se ela estaria na graça de Deus, Joana pensou: se respondesse que sim, seria condenada por presunção; se dissesse que não, seria condenada por estar em pecado, e respondeu: "se estiver na graça de Deus, que nela eu permaneça; se não estiver, que Deus nela me coloque”.


"(…) E assim, a inteligência e intuição dessa camponesa, que todos julgavam ignorante, surpreendeu a todos. Não havia meios de condená-la. Ela não se deixava cair. A solução vista pelo bispo foi fazê-la assinar uma abjuração. Como Joana não sabia ler, foi-lhe dito que o texto narrava que, se ela prometesse não guerrear mais, voltar a seus pais e nunca mais vestir-se com trajes de homem, ela seria condenada a prisão perpétua, mas escaparia da fogueira. Ao que Joana teria perguntado se poderia, neste caso, ir à missa, confessar-se e se ficaria numa prisão eclesiástica e não numa prisão militar, entre os ingleses como então ela estava. A todas estas perguntas foi-lhe respondido que sim. Então Joana assinou uma abjuração, que segundo consta em alguns relatos, continha exatamente o contrário de tudo isto. Nela Joana se reconhecia herege, que havia se equivocado na fé, que havia sido conduzida por Satã e não por Deus. Como se não bastasse, Joana fora traída, pois após assinar a abjuração, ela foi devolvida imediatamente para a mesma prisão inglesa onde estivera até então".


continua...

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O Mistério de Joana D'Arc (I)

Excertos do artigo “Joana D’Arc, A Donzela de Orlèans”, publicado na revista “Dhâranâ”, Revista de Ciência, Filosofia e Religiões Comparadas (Novembro 2000)
***


Introdução - “O que faz com que um ser, nasci­do nos últimos estertores da Idade Média, uma criança, uma menina pas­tora, camponesa iletrada exerça tama­nho fascínio ainda hoje, às portas do terceiro milênio? Que força emana des­ta mulher? Uma mulher que não foi a mãe biológica de nenhum ser, mas foi a Mãe da Pátria Francesa, de toda uma nação (…). Giuseppe Verdi compôs em 1844 a ópera Joana D'Arc, Bernard Shaw escreveu sobre ela, Tchaikowsky também compôs para ela, Schiller comparou-­a a uma walquíria escandinava (...)”.

Missão - (…) O povo simples e amigo de Vaucoulers [para onde Joana fugiu certa vez] real­mente acreditava que Joana viesse cumprir antigas profecias que lhes eram bastante familiares. Uma delas, a profecia de Merlin, dizia que "da flo­resta de carvalhos, nas fronteiras da Lorena, viria uma virgem que salvaria a França".
(…) Após penosa caminhada, Joana chega ao castelo de Chinon para uma audiência com o delfim (…). Não é recebida no primeiro mo­mento, uma vez que a corte pensa tra­tar-se ou de uma impostora ou de um complô contra o próprio Carlos. (…) Carlos e a corte hesitavam em recebê-la mas, instigado pela sogra Iolanda de Aragão, mãe da rainha Marie D'Anjou, convenceu-se a recebê-la, não sem antes pregar uma peça em Joana. Diante de toda a corte, num salão com trezentos nobres, à luz das tochas, Joana deveria reconhecê-lo, disfarçado de um simples nobre entre os demais, e tendo um outro nobre qualquer como Carlos, sentado no trono. Pois bem. Joana adentrou o recinto e perpassou o olhar por todos os presentes, até pelo suposto rei disfarçado, sem dar-lhe a mínima importância, até que seus olhos foram concentrar-se num homenzinho apático, escondido atrás de uma pilastra. Era Carlos, o delfim. Ela imediatamente ajoelhou-se diante dele e disse: "Nobre delfim, estou aqui enviada pelo meu Senhor para libertar o povo da França, levantando o cerco de Orleans e para conduzi-lo a catedral de Reims a fim de consagrá-lo como legítimo rei da França".

A Sagração em Reims (sobre o estandarte) - “Ela seguia à frente de seu exército levando seu inseparável estandarte de linho branco, bordado de flores de Liz, tendo ao centro a divindade seguran­do o mundo, ladeada por dois anjos, tendo em cima a frase “Jesus Maria”. Levava por vezes um estandarte me­nor, onde se via uma cena da Anunciação, tendo ao centro um pom­bo com um rolo de pergaminho no bico, onde se lia: "De par le Roy du Cie!' (Em nome do Rei dos Céus). Mais iniciático impossível”.

continua...



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domingo, 25 de maio de 2008

Song of the Banshee



Sheila Chandra - Lament of McCrimmon / Song of the Banshee

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A Voz do Silêncio

(...)

"Aquele que quiser ouvir a voz de Nada, o Som sem som, e compreendê-la, terá de aprender a natureza do Dharana. (...)

Antes que a Alma possa ver, deve ser conseguida a harmonia interior, e os olhos da carne tornados cegos a toda a ilusão.

Antes que a Alma possa ouvir, a imagem (o homem) tem de se tornar surda aos rugidos como aos segredos, aos gritos dos elefantes em fúria como ao susurro prateado do pirilampo de ouro.

Antes que a Alma possa compreender e recordar, ela deve primeiro unir-se ao Falador Silencioso, como a forma que é dada ao barro se uniu primeiro ao espírito do escultor.

Porque então a Alma ouvirá e poderá recordar-se.

E então o ouvido interior falará


A Voz do Silêncio


(...) Diz a grande Lei: "Para te tornares o conhecedor da Personalidade Total, tens primeiro de conhecer a Personalidade". Para chegares ao conhecimento dessa Personalidade, tens de abandonar a personalidade à não-personalidade, o ser ao não-ser, e poderás então repousar entre as asas da Grande Ave. Sim, suave é o descanso entre as asas daquilo que não nasce, nem morre, mas é o AUM através de eras eternas."


Excertos do livro "A Voz do Silêncio. Fragmentos Extraídos do Livro dos Preceitos Áureos [ensinamentos dos monges tibetanos] por Helena Petrovna Blavatsky". Tradução para Português de Fernando Pessoa

Desenho de Pablo Picasso


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sábado, 24 de maio de 2008

O Nascimento d' "Aquele que Traz o Bem"

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* "Siddharta", o nome de Buddha antes de atingir a Iluminação, significa "Aquele que traz o Bem" *


Vídeo do filme "O Pequeno Buddha", de Bernardo Bertolucci



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sexta-feira, 23 de maio de 2008

A Transformação



A Bela e o Monstro conta-nos a história de um príncipe orgulhoso e egoísta que numa noite de tempestade recebe a visita de uma velhinha, que lhe pede abrigo para o frio em troca de uma simples rosa... encantada. O príncipe não aceita, e ao mandá-la embora a feia velhinha transforma-se numa bela feiticeira, que como castigo - por ele não conseguir ver que a verdadeira beleza está no interior das pessoas - transforma-o num monstro horrendo, que terá até à última pétala da rosa cair para que ele descubra o verdadeiro Amor... e aí o feitiço quebrar-se-á... Só quando Bela chega, e faz nascer o Amor no coração dele, é que o Monstro se transforma... primeiro por dentro, depois por fora, e assim transformando-se num homem de verdade. * * * * *






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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Parte do Teu Mundo



Estou numa maré de Disney... de vez em quando chega uma maré destas, e adoro ;) Começo a cantarolar por todo o lado porque conheço estas músicas completamente de cor, salteadas, de trás para a frente, de frente para trás ;) Devo ter visto estes vídeos milhares de vezes!



Quando ouço estas músicas por momentos esqueço-me de como o tempo passou ... e lembro-me de todos os sonhos e esperanças que tinha, do mundo de luz e de magia em que vivia... e ainda vivo ...bem lá no fundo... Tinha a certeza que todos nós estamos destinados a viver histórias de encantar, de uma forma ou de outra ... E por mais absurdo que isto possa parecer, continuo a acreditar que até certo ponto isso é possível (retirando tudo o que é pura fantasia, naturalmente! ), porque acredito que, seja o que for que nos aconteça nesta vida, ela depende fundamentalmente das nossas escolhas, perante os obstáculos que surgem... O mundo está cheio de heróis e heroínas reais, e há momentos nas nossas vidas de pura magia... às vezes pequenas coisas, se estivermos atentos... outras nas coincidências (ou sincronicidades, como diria Jean S. Bolen!) outras nas pessoas especiais que surgem nas nossas vidas =)

Deixo-vos um momento de pura magia, para mim, de um dos meus filmes preferidos, "A Pequena Sereia"...









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quarta-feira, 21 de maio de 2008

As Cores do Vento

Depois de "O Novo Mundo", Pocahontas e John Smith novamente juntos, na minha cena preferida de "Pocahontas" (Disney, 1995). As Cores do Vento / The Colors of the Wind. Em baixo a letra na versão original em inglês. A letra desta música é algo de verdadeiramente precioso...



The Colors of the Wind

You think I'm an ignorant savage
And you've been so many places
I guess it must be so
But still I cannot see
If the savage one is me
How can there be so much that you don't know?
You don't know ...

You think you own whatever land you land on
The Earth is just a dead thing you can claim
But I know every rock and tree and creature
Has a life, has a spirit, has a name

You think the only people who are people
Are the people who look and think like you
But if you walk the footsteps of a stranger
You'll learn things you never knew you never knew

Have you ever heard the wolf cry to the blue corn moon
Or asked the grinning bobcat why he grinned?
Can you sing with all the voices of the mountain?
Can you paint with all the colors of the wind?
Can you paint with all the colors of the wind?

Come run the hidden pine trails of the forest
Come taste the sun-sweet berries of the Earth
Come roll in all the riches all around you
And for once, never wonder what they're worth

The rainstorm and the river are my brothers
The heron and the otter are my friends
And we are all connected to each other
In a circle, in a hoop that never ends

How high will the sycamore grow?
If you cut it down, then you'll never know
And you'll never hear the wolf cry to the blue corn moon

And you'll never hear the wolf cry to the blue cor moon
For whether we are white or copper-skinned
We need to sing with all the voices of the mountain
Need to paint with all the colors of the wind
You can own the Earth and still
All you'll own is Earth until
You can paint with all the colors of the wind

Letra do CD da Banda Sonora Original de Pocahontas
Música de Alan Menken / Letra de Stephen Schwartz



Há algo nas folhas voando que dá cor ao vento... sempre adorei essa época do ano, há uma luz diferente no ar... mas talvez seja por ter nascido no Outono... =)




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O Fantasma da Ópera


"Wishing You Were Somehow Here Again / Wandering Child "


Uma das minhas cenas (e músicas!) preferidas do Fantasma da Ópera, o musical de Andrew Lloyd Weber, com Christine Daaé e Erik (o Fantasma). O Pai de Christine, no seu leito de morte, disse-lhe que lhe enviaria o Anjo da Música... Desde então Christine, ainda uma criança, começou a ouvir uma voz que falava com ela, a confortava, a ensinava, e com essas lições do Anjo da Música ela revelou a sua linda voz. Mas Christine cresce, torna-se mulher, e o Fantasma/Anjo da Música começa a vê-la de forma diferente, sentindo ciúmes da atenção que ela recebe... sobretudo quando chega Raoul, o amor de infância de Christine... E um dia, Christine vê o seu Anjo da Música, bem diferente do que ela havia imaginado, mas por quem sente um profundo fascínio... a partir daí... bem, a partir daí terão de ver o filme ;) Além da própria história, a música de Andrew Lloyd Weber é de uma imensa beleza!

Este clip - "Wishing You Were Somehow Here Again / Wandering Child " - é de uma cena em que Christine vai visitar a campa de seu Pai e encontra o Anjo da Música / Fantasma...







The Phantom: Wandering child, so lost, so helpless, yearning for my guidance.

Christine: Angel or father? Friend of phantom? Who is it there staring?

The Phantom: Have you forgotten your Angel?

Christine: Angel oh speak, what endless longings, echo in this whisper...
The Phantom: Too long you've wandered in winter, far from my fathering gaze...

Christine: Wildly my mind beats against you...

The Phantom: You resist...

The Phantom, Christine: Yet your soul obeys/But the soul obeys...

The Phantom, Christine: Angel of Music, *you/I* denied *me/you*, turning from true beauty! Angel of Music *do not shun me/my protector* come to *your/me*, strange Angel!
The Phantom: I am your Angel of Music... Come to me, Angel of Music.



Diálogo e mais sobre o filme (2004) em: http://www.imdb.com/title/tt0293508/


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terça-feira, 20 de maio de 2008

Anne Frank

Com apenas 14 anos, Anne Frank revelou uma imensa sabedoria e um espírito profundamente bondoso, generoso e optimista... ao contrário do que se possa pensar, pelo tempo em que viveu. Em Bergen-Belsen há um monumento em sua homenagem com uma inscrição em hebraico, que diz algo de maravilhoso: "O Espírito do Homem é a Luz do Senhor".




"I don't believe the war is simply the work of politicians and capitalists. Oh no, the common man is every bit as guilty; otherwise, people and nations would have rebelled long ago! There's a destructive urge in people, the urge to rage, murder and kill. And until all of humanity, without exception, undergoes a metamorphosis, wars will continue to be waged, and everything that has been carefully built up, cultivated and grown will be cut down and destroyed, only to start all over again!"





"How noble and good everyone could be if, at the end of each day, they were to review their own behaviour and weigh up the rights and wrongs. They would automatically try to do better at the star of each new day and, after a while, would certainly accomplish a great deal"




"It's a wonder I haven't abandoned all my ideals, they seem so absurd and impractical. Yet I cling to them because I still believe, in spite of everything, that people are truly good at heart!"


Anne Frank


The Diary of a Young Girl (Penguin Classics)





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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Jordi Savall




Já há muitos anos que admiro as interpretações que Jordi Savall faz da música antiga. As Cantigas de Santa Maria de Afonso X (Alfonso X), o Sábio, avô do D.Afonso Henriques são algo de maravilhoso, têm uma vida e uma jovialidade que torna difícil crer que foram escritas no século XIII! O álbum diz assim: "With sensuousness still redolent of the perfumes of the Orient, they adress the Virgin in various forms, the Star, the sorceress, the standard, the Mother".

Entretanto, há uns meses atrás comprei um álbum de Jordi Savall com o nome de "Ludi Musici - The Spirit of Dance", que me chamou a atenção pela diversidade de que era composto (e pela antiguidade! São de 1450-1650), com músicas do Oriente, da Itália, da Inglaterra, da França, da Alemanha, da Espanha e do Novo Mundo...Novo Mundo é uma expressão que aparece muito nas minhas mensagens ultimamente! ;) ... Mas continuando, na altura estas músicas deixaram-me especialmente curiosa, imaginando como seriam músicas que resultaram do encontro de diferentes culturas, de mundos tão diferentes... Deixo um vídeo com uma dessas músicas, "Guaracha: Ay que me abraso", interpretada por Jordi Savall e o seu Hespérion XXI, para que possam ouvir por vós próprios...espero que gostem!








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domingo, 18 de maio de 2008

O Novo Mundo



Quando vi O Novo Mundo pela primeira vez no cinema tocou-me de uma maneira inesquecível ... Começa com uma das minhas músicas preferidas - esta do vídeo que vos deixo, o prelúdio do Ouro do Reno, da tetralogia O Anel do Nibelungo, de Wagner - e conta a história de Pocahontas e John Smith... dois mundos diferentes geraram um Novo Mundo... A beleza, a sensibilidade e a simplicidade dos diálogos é tal que sentimos um aperto no coração da emoção que nos causa... sobretudo nos monológos... que na verdade são diálogos também, mas com a Mãe Natureza... é maravilhoso!







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sábado, 17 de maio de 2008

Desce ao fundo de Ti



Desce ao fundo de ti, e descobrirás sóis esquecidos pelos Homens, que todavia nunca deixaram de brilhar. Arranca as cortinas da sombra, contempla o Universo na sua infinita sabedoria.


***


Quando meditas, o Céu abre-se dentro de ti. Então ele deixa de ser inacessível, fora do alcance da consciência. É este sentimento de êxtase que aproxima o coração do Homem do do Universo.



Sabedoria Ameríndia


(Editora Pergaminho)






sexta-feira, 16 de maio de 2008

Doce Recordação



The Corrs - Runaway


Esta música foi um marco no meu crescimento, na minha adolescência. Estávamos em 1996 e eu ia ainda fazer 14 anos, quando ouvi pela 1ª vez os Corrs na televisão, neste vídeo... Lembro-me que estava no meu quarto sentada no chão a escrever algo, e de repente começei a ouvir uma música que desde os primeiro acordes me despertou a atenção... Aquele som era totalmente novo para mim... aquela linda melodia, tocada e cantada de forma tão simples, o violino, o ritmo docemente marcado por um instrumento de percussão que desconhecia (o bódhran, típico do folk irlandês), fiquei encantada ... Tinha encontrado um som em que me sentia perfeitamente... reflectida... E assim definiu-se para mim um tipo de som, um estilo de música, que a partir dali começei a descobrir e a procurar cada vez mais... através daquela música abriram-se novos caminhos, descobri novos gostos, outras culturas, outras gentes... e descobri-me a mim mesma... é incrível como tanta coisa chegou até mim através desta música... Que doce recordação!

A Verdadeira Força

Cliffs of Moher, Irlanda


A verdadeira força

não é a do mar em fúria que tudo destrói,

mas do rochedo, impassível, que a tudo resiste!


Henrique José de Souza
(Pequeno Oráculo)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Provérbio Africano





Muita gente pequena,

em lugares pequenos,

fazendo coisas pequenas,

podem mudar o Mundo.


Provérbio Africano

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O Todo e as Partes



"O todo é algo além da soma das partes. Ou seja, o todo tem um determinado número de qualidades e de propriedades que não aparecem nas partes quando estão separadas".


Edgar Morin, Religar os Conhecimentos


Por isso somos todos tão importantes...cada um tem características únicas, cada um de nós é um mundo... e ninguém mais capacitado para o desvendar que nós próprios...


...e por isso é também tão importante estarmos unidos... juntos, partilhando o que aprendemos, temos a experiência de todos, é como ganhar a consciência de uma imensidão de vidas numa única apenas...só é preciso estar atento...quando menos esperamos, alguém nos ensina algo de muito valioso, muitas vezes sem sequer se dar conta disso :)

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Namasté



"Namasté"

é a saudação nepalesa mais comum, e significa

"Saúdo o Deus que há em ti"...



Há nesta saudação algo como um mistério revelado...é impressionante! É curioso como algo que poderá ser um choque para muitos - para alguns até heresia! - como o facto de todos termos a Divindade dentro de nós, em semente, centelha divina, é algo de perfeitamente comum e aceite noutras culturas, pois diariamente os nepaleses saúdam a Divindade que sabem existir dentro de cada um deles. Isto é algo de maravilhoso.


Uma saudação como esta terá de certeza outros impactos positivos, como o cultivo do respeito mútuo, como forma de preservar e honrar essa divindade que não está apenas fora, está dentro. Há-de chegar o dia em que todos viveremos dessa forma, com a consciência de que a Divindade está em toda a criação, não apenas nos templos, nem apenas na Natureza, mas dentro de nós, sendo nosso dever retirar os véus, as mayas deste mundo, e trazê-la para a Luz, dá-la à Luz...é aí que começa a Iniciação.


...não é por acaso que na maioria dos ritos de Iniciação existe uma gruta ou uma caverna onde está escuro - como no ventre materno - e depois se vem para a Luz... é aí que se começa a viver, verdadeiramente ...


...quem puder visite a Quinta de Regaleira em Sintra, o poço iniciático :)