So... just smile! :)
domingo, 31 de maio de 2015
Fidelio
Nun Sprecht, in "Fidelio", Ludwig Van Beethoven
Director - Nikolaus Harnoncourt
Choir and Orchestra of the Opera of Zurich (Opernhaus Zurich)
Leonora, Fidelio - Camilla Nylund
Florestan - Jonas Kaufmann
Don Pizarro - Alfred Muff
Rocco - Laszlo Polgar
Marzelline - Elizabeth Rae Magnuson
Jaquino - Christoph Strehl
Quinhentos
"Quinhentos", 500 anos de História de Portugal
"Quinhentos (Five Hundred)", 500 years of Portuguese History
Abertura das Festas de Lisboa' 2015
sábado, 30 de maio de 2015
Sábado e Domingo - Dia de Saturno e do Sol
"Sábado e Domingo eram, tanto para os povos germânicos como para os romanos, os dias de Saturno e do Sol. Nas línguas germânicas isso ainda é bem visível (“Saturday”, sábado em inglês; “Sunday”, domingo em inglês). Nas línguas românicas o significado destes dias era também evidente - “Dies Saturnis” e “Dies Solis” (latim) - mas perdeu-se com o tempo essa ligação entre os nomes dos dias da semana e os astros, tendo estes entretanto recebido designações de carácter religioso."
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Beautiful Creatures
God gives us what we can handle,
even if we don't believe it ourselves.
- Ama, in "Beautiful Creatures", by Richard LaGravenese (2013)
quinta-feira, 28 de maio de 2015
terça-feira, 26 de maio de 2015
Artigo #1 na Revista Progredir
O meu primeiro artigo para a Revista Progredir - O que as suas escolhas financeiras dizem sobre a sua maturidade - foi publicado hoje. Podem encontrá-lo na página 38. Espero que gostem ;)
Terça-feira - Dia de Marte / Tyr
"Terça-feira tem a energia guerreira e activa de Marte, deus da guerra do panteão romano, enquanto Tyr é o deus guerreiro dos nórdicos. A Runa Tiwaz - uma das 24 letras/runas do antiquíssimo alfabeto nórdico Elder Futhark - está-lhe associada, e a sua energia e significado relacionados com o deus Tyr.
O seu símbolo é uma seta virada para cima, que representa, tal como no símbolo astrológico de Marte, uma energia fortemente direccionada.Nas línguas românicas este é o dia de Marte (“Martes”, espanhol; “Mardi”, francês). Nas línguas germânicas, o nome deste dia significa “Dia de Tyr” (“Tuesday”, inglês; “Tirsdag”, dinamarquês, etc)."
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Lisboa em Flor / Lisbon in Bloom
Jacarandás em flor no Parque Eduardo VII, Lisboa - Portugal
Jacarandás in bloom at Eduardo VII Park, Lisbon - Portugal
domingo, 24 de maio de 2015
Einstein and the Cosmic Religiousness
"The most beautiful and most profound experience is the sensation of the mystical. It is the sower of all true science. He to whom this emotion is a stranger, who can no longer wonder and stand rapt in awe, is as good as dead. To know that what is impenetrable to us really exists, manifesting itself as the highest wisdom and the most radiant beauty which our dull faculties can comprehend only in their primitive forms - this knowledge, this feeling is at the center of true religiousness".
'The Merging of Spirit and Science', Albert Einstein
"I cannot conceive of a personal God who would directly influence the actions of individuals, or would directly sit in judgment on creatures of his own creation. I cannot do this in spite of the fact that mechanistic causality has, to a certain extent, been placed in doubt by modern science. My religiosity consists in a humble admiration of the infinitely superior spirit that reveals itself in the little that we, with our weak and transitory understanding, can comprehend of reality. Morality is of the highest importance - but for us, not for God."
sábado, 23 de maio de 2015
Sull'Aria
"Le Nozze di Figaro", de Wolfgang Amadeus Mozart
Dueto de Condessa Almaviva e Susanna [Kiri Te Kanawa e Mirella Freni]
quinta-feira, 21 de maio de 2015
Nauthiz, a Grande Professora
Artigo publicado no Sapo Lifestyle>Astral
http://lifestyle.sapo.pt/astral/espiritualidade/autoconhecimento-espiritualidade/artigos/nauthiz-a-grande-professora
Nauthiz, a Grande Professora
Já dizia o Capitão Barbossa, dos Piratas das Caraíbas,
“Por certo tens de estar perdido para encontrares um lugar que não pode
ser encontrado. Caso contrário, todos o encontrariam”... mas aqui o
lugar maravilhoso a descobrir, é o que fica dentro de nós.
Caminhar
sempre pelo mesmo trilho, ler sempre o mesmo género de livros, ouvir o
mesmo tipo de música, encontrar as mesmas soluções, estar sempre com as
mesmas pessoas, cristaliza-nos… mata-nos aos pouquinhos. Cantava Amália
Rodrigues no fado Meia-noite e uma guitarra (letra de Álvaro
Duarte Simões), “Viver é estar-se perdido, morrer é estar onde estou
(…). É loucura sem sentido caminhar por onde vou”. Caminhar sempre pelo
mesmo trilho, é portanto, ir sempre ter ao mesmo destino, onde nada de
novo acontece…
É então que a Vida nos tira o “tapete” – e é porque
a Vida conspira a nosso favor que nos tira os "tapetes". Estes são as
ilusões de que nos rodeamos, as falsas seguranças e repetitivas ideias a
que nos habituámos, que foram cristalizando o nosso ser, fazendo com
que deixasse de haver espaço para o novo. E como diz outro personagem
fictício do cinema, o grande Mestre Yoda da Guerra da Estrelas: “Tens de desaprender o que aprendeste”.
Quando
o arquétipo que a Runa Nauthiz representa age na nossa vida, há
constrangimento, limitação e dor. Essa dor é o alerta de que algo está
em desequilíbrio em nós e na forma com estamos a viver. E tal como
acontece com os pratos da balança, há algo que é preciso acrescentar …
ou retirar … para se conseguir o equilíbrio. A palavra-chave a ter em
mente é “oposto complementar”. Afinal tudo o que existe é feito de
contrastes, de polaridades.
Portanto, para devolver o equilíbrio a
algo que vemos como um problema ou um obstáculo e que está a causar-nos
sofrimento, há que olhar para o outro prato da balança, e perceber o
que na nossa vida está a mais ou está em falta. E para o fazer é preciso
auto-observação e auto-análise, ou seja, olhar para dentro. É também
essencial que nos vigiemos, para evitarmos cair nos mesmos padrões
emocionais e mentais que antes provocaram o nosso sofrimento. Nas
palavras de Albert Einstein, “Não se pode resolver um problema com o
mesmo grau de consciência que lhe deu origem”.
O sofrimento pode,
por vezes, parecer demais, mas “Deus dá-nos aquilo com que conseguimos
lidar, mesmo que não acreditemos nisso” (do filme Beautiful Creatures, de
Richard LaGravenese). Tudo isso é a Vida disfarçada de Grande
Professora, que nos obriga, por (nossa) necessidade, a crescer,
fortalecer-nos, e a encontrar soluções criativas e audazes para
retirarmos da nossa vida o que nos limita e ainda aprendermos com isso!
Nauthiz
faz-nos descobrir, através da limitação e do constrangimento, a nossa
própria sabedoria e força interior, revelando dentro de nós os tais
lugares que desconhecíamos existirem. Antes de nos encontrarmos, é
preciso estarmos perdidos.
Sejamos gratos a todos os grandes
Professores que passam pela nossa vida, seja eles livros, filmes,
canções, experiências difíceis ou pessoas que nos magoaram. O nosso
crescimento e evolução acontecem graças a todos eles.
Vera Vieira da Silva
email: v.vieiradasilva@gmail.com
artigo do parceiro:
Vera Vieira da Silva
Como funciona o Karma?
Artigo publicado no Sapo Lifestyle>Astral
http://lifestyle.sapo.pt/astral/espiritualidade/autoconhecimento-espiritualidade/artigos/como-funciona-o-karma
Como funciona o Karma?
Temos o hábito de atribuir à sorte ou
ao azar o facto de algo nos correr melhor ou pior… relativamente às
expectativas que tínhamos. Outras vezes, culpamos ou exaltamos o Destino
por aquilo que nos dá, esquecendo o nosso papel e a nossa
responsabilidade em criar a nossa própria vida, independentemente de
existirem ou não caminhos pré-definidos antes ainda do nosso nascimento.
Ninguém pode garantir-nos se o Karma e o Destino existem, nem dar-nos
certezas que só podem surgir dentro de nós. Mas uma coisa é certa: somos
nós que escolhemos como reagir ao que nos acontece. Nós decidimos como
agir perante o que a Vida nos apresenta.
A palavra “Karma” é
frequentemente utilizada como uma espécie de sinónimo de “castigo”, mas
felizmente há cada vez maior consciência sobre o seu verdadeiro
significado. Karma é uma palavra de origem sânscrita – uma língua da
Índia e das mais antigas da família Indo-Europeia – que significa
“reação”. Reação é, por definição, uma resposta a uma ação anterior.
Conforme a qualidade dessa ação - qualidade com o sentido de
característica ou atributo – assim será a reação que provoca.
De
acordo com esta ideia, não existem ações “boas” ou “más”, como não
existem pessoas boas ou más. Existem sim, tendências positivas e
negativas, dentro de todos os seres. O que chamamos de más pessoas são
seres humanos que concentram em si e manifestam através suas ações uma
quantidade superior de tendências negativas, que precisam de ser
trabalhadas, sublimadas e transformadas em tendências positivas. E esse é
um processo longo… de muitas vidas.
“Mal é ignorância, e Bem é
sabedoria” (Henrique José de Souza), significa que a maldade é e advém
da ignorância, ou seja, do desconhecimento do Homem relativamente às
leis cósmicas e relativamente a si próprio. Sem o mínimo conhecimento de
como estas leis universais se manifestam e se refletem na sua vida, o
Homem terá de cair e levantar-se muitas vezes, até adquirir sabedoria,
esse Bem precioso que resulta de todas as suas experiências e é fruto do
seu próprio esforço.
E então o que posso fazer para alterar o meu Karma?
A
cada momento, nós alteramos o nosso Karma, mesmo sem termos consciência
disso. Dependendo dos nossos pensamentos - postos em prática ou apenas
pensados – assim será a nossa vida. É por isso que se diz que nós
criamos a nossa realidade. Daí a importância do autoconhecimento, e de
nos vigiarmos, não de forma castradora e punitiva, mas de forma a nos
conhecermos cada vez melhor, e a termos cada vez mais controlo das
nossas emoções e da nossa mente, para que estas não andem num constante
turbilhão ao sabor de elementos exteriores.
Se não está contente
com a sua vida, lembre-se de que está apenas a viver o reflexo daquilo
que antes criou e enviou, em atos e pensamentos. Depende de si alterar
essa realidade. Para o fazer, conheça-se cada vez melhor, observe-se e
observe o mundo, procure conhecer e reconhecer à sua volta as leis que
regem tudo o que existe. Comece então a alterar, conscientemente, aquilo
que sabe que está em desequilíbrio e que pode ser melhorado. Temos em
nós todas as ferramentas de que necessitamos para trabalhar e lapidar o
nosso próprio ser... somos uma obra de arte em progresso, e cada um de
nós o único responsável pela sua concretização. Basta ter vontade, agir e
realizar!
Vera Vieira da Silva
email: v.vieiradasilva@gmail.com
artigo do parceiro:
Vera Vieira da Silva
Os Milagres do dia a dia
Artigo publicado no Sapo Lifestyle>Astral
http://lifestyle.sapo.pt/astral/espiritualidade/autoconhecimento-espiritualidade/artigos/os-milagres-do-dia-a-dia
Os Milagres do dia a dia
Ainda na semana passada um bebé de 4
meses foi encontrado nos escombros do terramoto no Nepal, após quase um
dia deste ter acontecido. Um choro ouvido debaixo de quantidades imensas
de detritos que tinham enterrado por completo esta criança, salvou-a.
Quem viu o vídeo do seu salvamento decerto não o esquecerá. Após longos
minutos a escavar e a tentar desenterrar o bebé, os salvadores desta
criança erguem-na clamando “Deus é grande!”.
Milagre, do latim,
“miraculu”, é por definição, um “prodígio, maravilha, coisa
extraordinária”. Geralmente atribuímos à divindade o poder de conceder
milagres. Mas todos nós - deuses embrionários - temos esse poder.
Sabemos bem que as palavras certas no momento certo, por vezes vindas de
completos estranhos que não fazem ideia do bem que fizeram, curam e
salvam uma pessoa. Até palavras cruzadas, ditas a terceiros, têm o poder
extraordinário de alterar por completo o nosso ânimo e estado de
espírito. Um simples sorriso de um desconhecido, é por vezes suficiente.
O
maior dos milagres talvez seja essa capacidade que todos temos de
continuamente gerar, dar Vida, a nós próprios e a outros. As mulheres e
os homens têm ambos capacidade de gerar, de formas diferentes... e
algumas semelhantes.
É que não se trata apenas da conceção,
gestação e geração de um novo ser, um milagre maravilhoso da Vida que
acontece connosco e à nossa volta tão regularmente, uma capacidade
exclusiva das mulheres, e das fêmeas, se englobarmos os animais. Homens
ou mulheres, de cada vez que damos algo de nós, e nos damos, de forma
verdadeira, profunda, sentida, criando uma transformação, estamos a
gerar nova Vida. E curiosamente, dentro da palavra “dádiva”, está em
anagrama a palavra “vida”.
Seja na forma de um filho, um livro, uma canção, um poema, uma
pintura, um sorriso ou mil e uma outras formas de dar vida a uma ideia
ou um sentir, em cada gesto carinhoso e amoroso, está sempre presente o
Milagre da Vida – que é tudo o que resulta do Amor Universal.
E o
fruto, nosso filho, é tudo aquilo que trouxer o novo, a esperança e
gerar uma transformação emocional, psicológica, mental ou espiritual em
nós próprios ou em outras pessoas. A transformação é a base da evolução.
E tudo o que gerar um fruto, será fruto da Vida e do Amor, seja ele
amor-próprio ou partilhado.
Como a terra trabalhada e preparada
para receber a semente, a runa Inguz parece uma representação desta
ideia – a Vida é abundante em milagres. E a capacidade de cultivar e
gerar está em todos nós. Contudo, Inguz lembra-nos que para podermos
testemunhar esses milagres temos de estarmos atentos e recetivos à sua
possibilidade, e pôr em ação o nosso próprio poder de gerar… os milagres
não acontecem, realizam-se.
A semente plantada tem de ser
cultivada com cuidado e carinho, sem tentar apressar o seu processo e o
tempo necessário à germinação, que a seu tempo leva ao crescimento,
maturação da planta, e ao fruto. Tudo leva o seu tempo… e frutos
apanhados antes do tempo certo não têm sabor, não alimentam, nem possuem
as sementes maduras, necessárias ao plantio de novos frutos.
A Natureza também nos ensina isto.
A Todos desejo muitos frutos e muitas realizações do Milagre da Vida.
Vera Vieira da Silva
email: v.vieiradasilva@gmail.com
artigo do parceiro:
Vera Vieira da Silva
A Ciência da Vida
Artigo publicado no Sapo Lifestyle>Astral
http://lifestyle.sapo.pt/astral/espiritualidade/autoconhecimento-espiritualidade/artigos/a-ciencia-da-vida
A Ciência da Vida
Quando Manoel de Oliveira morreu, com
106 anos de idade - e de plena atividade - uma reportagem que passou na
televisão apresentou o cineasta dizendo “Se me perguntar qual é o sentido da Vida, eu logo lhe digo qual é o sentido da Arte”.
Existir
requer apenas um coração batendo no peito. Viver exige arte e engenho,
exige uma alma pulsando de vontade de viver e de se expandir, tal e qual
um coração pulsando para levar o sangue a todo o corpo. Viver é uma
Arte. E a Vida exige que nos tornemos artistas.
Como uma criança
que fica maravilhada com o mundo e precisa de mexer, tocar e
experimentar, um adulto precisa de sentir esse mesmo deslumbramento pela
Vida, o entusiasmo de quem está sempre à procura de aprender algo novo,
até mesmo sobre o que que já sabe. Há sempre algo que não sabemos sobre
o que já sabemos.
A diferença é que enquanto uma criança o faz
por uma necessidade inconsciente, um adulto que queira aprender a Arte
do Bem Viver precisa de o fazer de forma consciente e voluntária, por
uma motivação interna irresistível. É por isso que quando se começa esse
processo não há volta atrás – e ainda bem. Viver com ciência é viver
com consciência (con_sciência = “com sabedoria”). E o que é viver com
sabedoria?
É viver em harmonia com as leis da natureza, que
derivam das leis universais e as reflectem. É por isso que podemos
aprender tanto rodeando-nos da natureza e observando-a. Contudo, para
viver com consciência, não basta aprender sobre essas leis e sobre a sua
manifestação. O conhecimento só tem utilidade se nos transformar e nos
fizer evoluir enquanto seres humanos. E para isso é preciso vivenciar
todo esse conhecimento e integrá-lo em nós, transformando-o em sabedoria
e prática.
Henrique José de Souza, pensador e teósofo brasileiro
nascido em 1883, criou um neologismo que sintetiza a ideia da Vida em
harmonia com as leis cósmicas, “Eubiose”. O Professor Henrique fundou em
1921 a Sociedade Brasileira de Eubiose*, muito ligada ao budismo
esotérico (com o nome anterior de Sociedade Teosófica Brasileira, em
homenagem à Sociedade Teosófica criada por Helena P. Blavatsky), que
ensina os meios de conseguir essa harmonia.
Para aprender a
Ciência da Vida, é importante aprender de tudo: Filosofia, Religião e
Ciência, etc. Mas o objectivo é muito maior do que ter conhecimento, é
vivenciar esse conhecimento, reunindo e religando as várias dimensões
que nos compõe, a sagrada e a profana, a divina e a humana. Religar - é
esse o verdadeiro sentido e significado da palavra “religião”. Vivendo
eubioticamente, ou seja, de acordo e em harmonia com as leis universais,
estaremos a religar-nos a essa Corrente Universal, à Fonte Primordial
de tudo o que existe.
O despertar da nossa consciência vai causar
uma revolução (necessária) na nossa vida… Como diz o mestre Yoda da
Guerra das Estrelas, é preciso desaprender o que aprendemos,
desconstruir ideias que temos como certas e nos impedem de voar mais
alto. Retirando essas barreiras, a nossa sabedoria interior vai começar a
fluir, tendo resultados muito reais e práticos nas nossas vidas,
iluminando cada vez mais o nosso caminho, que é único e válido apenas
para nós, apesar de ter muitos pontos em comum com o de outras pessoas.
Para
aprender a Arte do Bem Viver, é preciso muito mais do que estudar e
acreditar, é preciso uma confiança inabalável na Sabedoria Universal e
nos múltiplos caminhos e manifestações da Divindade, dessas leis
universais que regem tudo o que existe. Nas palavras de Agostinho da
Silva “Crente é pouco, sê-te Deus, e para o Nada que é Tudo inventa
caminhos teus”.
*A Sociedade Brasileira de Eubiose possui hoje
representações não apenas no Brasil, mas na América do Sul e Europa,
incluindo Portugal.
Vera Vieira da Silva
email: v.vieiradasilva@gmail.com
artigo do parceiro:
Vera Vieira da Silva
As Runas e a Abundância
Artigo publicado no Sapo Lifestyle>Astral
http://lifestyle.sapo.pt/astral/praticas/cartas-e-tarot/artigos/as-runas-e-a-abundancia
As Runas e a Abundância
Parece-nos impossível agora, mas em
tempos idos, não existia dinheiro, existiam apenas bens e recursos que
eram utilizados para consumo próprio e trocados por outros de que
necessitávamos. A capacidade de sobrevivência, sobretudo dos povos do
Norte da Europa - de onde vêm as Runas - era ditada pela disponibilidade
desses bens, nomeadamente de gado, pela quantidade de subprodutos que a
sua produção possibilitava: além da alimentação, vestuário, calçado,
aquecimento, isolamento, fertilizante, etc.
Os tempos mudaram, e o
gado perdeu a importância que antes tinha. Apesar dos derivados da sua
exploração serem muitos e maioritariamente desconhecidos, esta já não é
essencial, nem mesmo na alimentação, havendo hoje muitas alternativas. A
Runa Fehu adquiriu com o tempo um sentido mais lato, indicando
actualmente abundância, riqueza, fertilidade e recursos, significados
que sempre teve na sua essência - só deixou de fazer sentido o gado ser o
seu símbolo.
Fehu é considerada a runa da sorte, ligada à
capacidade de gerir e acumular riqueza. Fazê-lo exige coragem e
capacidade de arriscar, mas arriscar com visão e com sentido prático.
Esta runa está, portanto, relacionada com o investimento, não
necessariamente de dinheiro, mas de tempo e energia, para atingirmos os
nossos objectivos e multiplicarmos os nossos bens.
Outro aspecto
interessante de Fehu é a ideia da mobilidade e da circulação da riqueza
que lhe é inerente. Por um lado, cultiva uma interdependência saudável
entre os membros da comunidade, a amizade, a generosidade e as trocas.
Essa interdependência é inclusive uma necessidade, porque no caso de uma
calamidade ou de uma ameaça exterior, uma comunidade é tanto mais forte
e capaz de sobreviver quanto mais unida estiver. E neste sentido, a
circulação da riqueza (bens, generosidade, fraternidade) gera mais
riqueza.
Por outro lado, como tudo é cíclico, Fehu lembra-nos que
nada é permanente, nem deve ser tomado como certo. Mesmo aquilo que
conseguimos com suor e esforço, pode ser-nos retirado num piscar de
olhos, tal como as mandalas de areia tibetanas podem ser destruídas com
um simples passar de mão.
Esta runa ensina-nos que o mais
importante é o que fica, quando tudo o resto vai embora: a Experiência e
a Sabedoria adquiridas, o Bem praticado... Esses não podem ser
destruídos por coisa alguma.
Vera Vieira da Silva
email: v.vieiradasilva@gmail.com
artigo do parceiro:
Vera Vieira da Silva
Como resolver um problema
Artigo publicado no Sapo Lifestyle>Astral
http://lifestyle.sapo.pt/astral/espiritualidade/auto-ajuda/artigos/como-resolver-um-problema
Como resolver um problema
Em primeiro lugar, para resolver um
problema é necessário dar-lhe atenção. Fugir ou fingir que o problema
não existe só vai fazer com que este se repita e se agrave. Por vezes,
pode parecer que o problema se resolveu sozinho, mas o que geralmente
acontece é que este ficou adormecido ou outra pessoa o resolveu por nós,
dessa vez. Mas é certo que um problema de fundo vai repetir-se até que a
sua causa deixe de existir.
Para resolvermos algo que
consideramos problemático na nossa vida, é necessário conhecê-lo
profundamente, compreendê-lo, e ao porquê de estar a incomodar-nos: é
que para compreendermos um problema - e seja o que for - precisamos de
olhar para ele, dedicar-lhe atenção, (re)conhecer essa sombra dentro de
nós.
Por definição, uma sombra , é apenas um reflexo de algo que
se define pela ausência de luz. Não é bom, nem mau – é algo
relativamente ao qual existe falta de luz ou de clareza. É uma parte
desconhecida de nós mesmos. Sem trazer luz ao problema não há como
conhecê-lo, nem resolvê-lo. Não há como ver o que está dentro de um
quarto às escuras enquanto não acendermos a luz.
Olhar para um
problema é difícil. Exige coragem mexer em algo que é complexo, que por
vezes dói e que receamos ser mais forte do que nós… porque pode causar
uma (r)evolução na nossa vida... mas, provavelmente, é mesmo disso que
precisamos!
Assim, se algo te está a perturbar, olha para o
problema de frente, torna-o consciente! Observa as tuas acções e
reacções, vigia as tuas emoções e pensamentos nessas situações, compara,
tenta perceber o porquê de te sentires assim, ouve o que a tua intuição
está a tentar dizer-te baixinho… ou por vezes já bem alto. E com aquilo
que vais aprender resolves esse problema e outros tantos, pois tudo
está ligado.
E quando o fizeres, poderás descobrir que no quarto
às escuras não estavam monstros, nem sequer algo de assustador, mas
tesouros preciosos que guardavas dentro de ti sem o saberes, capacidades
e dons que desconhecias, apenas porque nunca tinhas olhado para eles.
Um
problema é apenas uma parte de ti que quer tornar-se consciente, e que
te incomoda na esperança de que a encares e “acendas” a Luz. Desperta a
centelha luminosa que tens dentro de ti, pacientemente à espera de
(re)conhecimento! E de ti, essa Luz vai irradiar para Todos à tua volta,
cuidando, inspirando e despertando: isso é o que de mais maravilhoso e
mais útil podes fazer por ti mesmo e pelo Mundo.
Vera Vieira da Silva
email: v.vieiradasilva@gmail.com
artigo do parceiro:
Vera Vieira da Silva
A Páscoa e a celebração da Primavera
Artigo publicado no Sapo Lifestyle>Astral
http://lifestyle.sapo.pt/astral/praticas/cultos-a-natureza/artigos/a-pascoa-e-a-celebracao-da-primavera
A Páscoa e a celebração da Primavera
Na Páscoa, os cristãos celebram a
ressurreição de Jesus, o Cristo, que de acordo com o Novo Testamento
ocorreu três dias após a sua crucificação. Muito mais antiga, é a Páscoa
judaica - Pessach - que comemora o fim da escravatura e a
conquista da liberdade pelos hebreus no Egito, que aconteceu na
Primavera. Ambas as festas são da maior importância para estas
religiões.
A Páscoa que conhecemos e os símbolos que lhe
associamos têm, contudo, fortes raízes nos festivais que os antigos
povos germânicos e do Norte da Europa faziam para celebrar a chegada da
Primavera. Ostara ou Eostre, é a deusa teutónica da
Primavera, geralmente representada envolta em flores e acompanhada de
coelhos e ovos. É a deusa da renovação, da alegria e do regresso da
fertilidade à natureza, que é marcada por este equinócio.
Algumas línguas germânicas ainda evidenciam a ligação desta celebração à deusa Ostara: em inglês, Páscoa diz-se “Easter”, em alemão “Ostern”. A própria palavra Ostara
significa algo como “luz crescente” ou “luz que se eleva”, sendo por
isso conhecida como “deusa do amanhecer” e “deusa da Aurora”. A sua
ligação ao lugar de onde vem a luz é tal que o Este é “Osten”, em
alemão, e “East”, em inglês.
Durante estas celebrações da
Primavera ofereciam-se ovos de galinha pintados de diversas cores a
familiares e amigos, para lhes desejar bênçãos e prosperidade na nova
estação. Por vezes também se enterravam ovos nas terras de cultivo, para
que dessem boas colheitas. O costume de oferecer ovos pintados é muito
antigo, e apesar de ocorrer em diferentes datas, sabe-se que já vinha da
Grécia, do Egipto e de mais a Oriente.
O cristianismo integrou a
tradição da oferta de ovos, que se tornou um símbolo da Ressurreição -
os ovos eram benzidos e depois ofertados. Mais tarde, tornou-se hábito
esvaziar os ovos do seu conteúdo e substituí-lo por uma surpresa. Por
último, surgiram os ovos de chocolate.
Os coelhos eram também um símbolo da deusa da Primavera, Ostara,
porque era nesta altura que a sua reprodução era mais intensa, e porque
este pequeno animal tem uma impressionante capacidade reprodutiva. A
expressão popular “multiplicam-se que nem coelhos” é esclarecedora!
Estas
tradições e símbolos sobreviveram até hoje, ao serem assimiladas por
sucessivas religiões e culturas. Vemos assim que o nosso imaginário da
Páscoa tem raízes muito mais antigas e significados muito mais profundos
do que imaginamos. Independentemente das nossas crenças pessoais,
celebrar a Páscoa e/ou o Equinócio da Primavera com consciência é bem
mais interessante.
Vera Vieira da Silva
email: v.vieiradasilva@gmail.com
artigo do parceiro:
Vera Vieira da Silva
De onde vêm os nomes dos dias da semana? – Parte II
http://lifestyle.sapo.pt/astral/praticas/em-foco-praticas/artigos/de-onde-vem-os-nomes-dos-dias-da-semana-parte-ii
De onde vêm os nomes dos dias da semana? – Parte II
A Segunda-feira, dia da Lua, é representada por Luna e Mani, dos panteões romano e nórdico respectivamente. Luna, para os romanos, era uma personificação da própria Lua, que era associada a aspectos de algumas deusas, como Diana e Juno. Mani
é, também para os nórdicos, a personificação deste astro. Assim, na
maioria das línguas de ambos os ramos linguísticos, este dia significa
“Dia da Lua”.
Terça-feira tem a energia guerreira e activa de Marte, deus da guerra do panteão romano, enquanto Tyr é o deus guerreiro dos nórdicos. A Runa Tiwaz - uma das 24 letras/runas do antiquíssimo alfabeto nórdico Elder Futhark - está-lhe associada, e a sua energia e significado relacionados com o deus Tyr.
O seu símbolo é uma seta virada para cima, que representa, tal como no
símbolo astrológico de Marte, uma energia fortemente direccionada. Nas
línguas românicas este é o dia de Marte (“Martes”, espanhol; “Mardi”,
francês). Nas línguas germânicas, o nome deste dia significa “Dia de
Tyr” (“Tuesday”, inglês; “Tirsdag”, dinamarquês, etc).
Quarta-feira
era o dia de Mercúrio para os romanos e de Odin para os nórdicos.
Tácito, o célebre historiador romano, escreveu na sua obra Germania
(séc. I d.C.) que Mercúrio correspondia ao deus Odin dos nórdicos,
apesar de historiadores mais recentes discordarem. Ambos os deuses
vagueiam pelos céus, possuem um capacete e carregam um bastão (o caduceu
de Mercúrio). Ambos são também conhecidos por serem deuses de acção
rápida, possuindo reconhecidas qualidades enquanto mensageiros. A maior
diferença entre ambos é que Odin é o deus principal do panteão nórdico -
considerado o Pai de todos os deuses - e nesse sentido a sua
correspondência seria mais a Júpiter (ou Zeus, para os gregos). Nas
línguas românicas este é o dia de Mercúrio (“Mercoledì”, italiano;
“Mercredi”, francês). Nas línguas germânicas, o nome deste dia significa
“Dia de Odin/Wotan” (“Onsdag”, sueco; “Woensdag”, neerlandês). Existe
uma Runa de Odin, nem sempre considerada – também chamada de “Runa do
Destino” - que não apresenta qualquer símbolo. Representa o Tudo e o
Nada, o vazio cheio de possibilidades, uma mudança radical e por vezes a
morte.
A Quinta-feira é um dos casos em que as correspondências
são mais óbvias. Júpiter é o deus romano do trovão e dos relâmpagos, tal
como Thor, dos nórdicos. Quando os germânicos adotaram o calendário
romano, verificaram as semelhanças entre ambos os deuses e substituíram
Júpiter pelo seu próprio deus, Thor, e é assim que ainda hoje a
quinta-feira é o “Dia de Thor” (“Thursday”, inglês; “Torsdag”,
dinamarquês, etc). Thurisaz é a Runa de Thor – Þórr (a primeira
letra é o símbolo desta Runa) - e o seu significado está associado aos
elementos naturais, à força e à resistência, características deste deus.
Nas línguas românicas, o nome deste dia significa “Dia de Júpiter”
(“Jueves”, espanhol; “Jeudi”, francês).
Sexta-feira apresenta,
igualmente, visíveis correspondências entre as mitologias romana e
nórdica. Tal como Vénus, Freya é deusa nórdica da beleza e do amor,
sendo também a deusa da sexualidade, da sensualidade, da fertilidade, da
música e das flores. Freya dá o nome a este dia nas línguas germânicas
("Freitag", alemão; "Friday", inglês). Nas línguas românicas, o nome
deste dia significa “Dia de Vénus” (“Venerdi”, italiano; “Vendredi”,
francês).
Sábado e Domingo eram, tanto para os povos germânicos
como para os romanos, os dias de Saturno e do Sol. Nas línguas
germânicas isso ainda é bem visível (“Saturday”, sábado em inglês;
“Sunday”, domingo em inglês). Nas línguas românicas o significado destes
dias era também evidente - “Dies Saturnis” e “Dies Solis” (latim) - mas
perdeu-se com o tempo essa ligação entre os nomes dos dias da semana e
os astros, tendo estes entretanto recebido designações de carácter
religioso.
Para mais esclarecimentos sobre este tema consultar Parte I deste artigo
Vera Vieira da Silva
email: v.vieiradasilva@gmail.com
De onde vêm os nomes dos dias da semana? – Parte I
Artigo publicado no Sapo Lifestyle>Astral
http://lifestyle.sapo.pt/astral/praticas/em-foco-praticas/artigos/de-onde-vem-os-nomes-dos-dias-da-semana-parte-i
De onde vêm os nomes dos dias da semana? – Parte I
Nas outras línguas latinas, os nomes
dos dias da semana derivam directamente dos nomes dos astros do sistema
solar, que correspondem também aos deuses do panteão romano, com
excepção do Sol e da Lua, que procedem de Solis e Luna, personificações pouco conhecidas destes astros, que equivalem a Helios e Selene do panteão grego.
Contudo,
sabe-se que a existência de uma semana de sete dias já vinha do Egipto
Helenístico, e que esse número se deve aos sete corpos celestiais
visíveis – o Sol, a Lua e os planetas Marte, Mercúrio, Júpiter, Vénus e
Saturno.
Quanto às línguas germânicas, as designações dos dias da
semana são quase todas procedentes dos deuses do panteão nórdico ou de
astros, correspondendo também algumas a Runas do seu alfabeto, com nomes
semelhantes aos dos deuses. Se nos lembrarmos que cada Runa é uma
representação ideográfica e pictográfica de um poder ou de um princípio
cósmico, escrever com caracteres rúnicos era, literalmente, escrever na
linguagem dos deuses e invocá-los.
Domingo
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Segunda-feira
|
Terça-feira
|
Quarta-feira
|
Quinta-feira
|
Sexta-feira
|
Sábado
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Dia do Sol
(Solis)
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Dia da Lua (Luna)
|
Dia de Marte
|
Dia de Mercúrio
|
Dia de Júpiter
(Jove)
|
Dia de Vénus
|
Dia de Saturno
|
Dies Solis (latim)
Dimanche (francês)
Domenica (italiano)
Domingo (espanho)
|
Dies Lunae (latim)
Lunes (espanhol)
Lunedi (italiano)
Lundi (francês)
|
Dies Martis (latim)
Martes (espanhol)
Martedi (italiano)
Mardi (francês)
|
Dies Mercurii (latim)
Miércoles (espanhol)
Mercoledì (italiano)
Mercredi (francês)
|
Dies Jovi (latim)
Jueves (espanhol)
Jeudi (francês)
Giovedi (italiano)
|
Dies Veneris (latim)
Vendredi (francês)
Venerdi (italiano)
Venres (romeno)
|
Dias Saturni (latim)
Sábado (espanhol)
Samedi (francês)
Sabato (italiano)
|
Domingo
|
Segunda-feira
|
Terça-feira
|
Quarta-feira
|
Quinta-feira
|
Sexta-feira
|
Sábado
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Dia de Sunna (Sol)
|
Dia de Mani (Lua)
|
Dia de Tyr/Tiu
|
Dia de Wotan/Odin
|
Dia de Thor
|
Dia de Freya
|
Dia de Saturno
|
Sunday (inglês)
Sonntag (alemão)
Söndag (sueco)
|
Monday (inglês)
Montag (alemão)
Måndag (sueco)
|
Tuesday (inglês)
Tirsdag (dinamarquês)
Tisdag (sueco)
|
Wednesday (inglês)
Woensdag (neerlandês)
Onsdag (sueco)
|
Thursday (inglês)
Torsdag (dinamarquês)
Donnerstag (alemão)
|
Freitag (alemão)
Friday (inglês)
Fredag (sueco)
|
Saturday (inglês)
Zaterdag (neerlandês)
Samstag (alemão)
|
Como já vimos, o Sábado e o Domingo eram, originalmente, o
Dia de Saturno e o Dia do Sol. Nas línguas germânicas isso ainda é bem
visível. A exceção está nas línguas românicas, porque perderam com o
tempo a ligação antiga aos astros que lhes deram o nome.
Sábado,
nas línguas românicas, vem de “Sabbath”, o dia de descanso dos judeus.
Domingo, nas várias formas linguísticas que assumiu, vem da designação
eclesiástica entretanto dada a este dia, “Dies Dominicus” - dia do
Senhor - por ser o dia de descanso dos cristãos, de acordo com a Bíblia
que afirma que Deus descansou ao 7º dia, após criar o Mundo.
Independentemente
da família linguística, é possível verificar que, de uma forma geral, a
tónica de cada dia coincide em ambos os ramos linguísticos. A parte II
deste artigo dará destaque a esta ligação.
E então na Língua Portuguesa? Porque é que os nomes dos dias da semana terminam em “feira”?
Até
ao século 6 d.C., no território que viria a ser Portugal - o que só
aconteceu em 1143 - os dias da semana eram igualmente nomeados de acordo
com os deuses que os romanos cultuavam. Foi Martinho de Dume, um
bispo de Braga, que considerando indigno que bons cristãos continuassem a
nomear os dias de semana de acordo com os deuses “pagãos”, resolveu
criar nomes especiais para os dias da Semana Santa, que antecedem a
Páscoa, em que de acordo com a Bíblia, os cristãos deveriam descansar.
"Feira" vem de feria, que significa “dia de descanso”.
Infelizmente,
a utilização desses nomes generalizou-se, e hoje a Língua Portuguesa é a
única língua latina em que os dias da semana seguem uma numeração
ordinal. Provavelmente, esta foi também uma manobra da Igreja, para
tentar erradicar as nomes dos deuses romanos dos nomes dos dias da
semana, substituindo-os por uma designação eclesiástica.
Cabe a
cada um de nós recordar a origem das palavras que utilizamos, para não
deixar que se percam estes significados que o tempo ocultou, que revelam
conexões etimológicas e culturais transversais, reforçando a ideia de
que tudo está ligado na sua origem.
Vera Vieira da Silva
email: v.vieiradasilva@gmail.com
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Vera Vieira da Silva
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