Por vezes, somos autênticos escravos do que não dizemos, não fazemos e do que não temos coragem de ser... por medo.
Precisamos de enfrentar o nosso deserto interior - os nossos medos - para descobrirmos que a solidão que tanto temíamos afinal não nos faz sentir sozinhos e que o deserto interior pode ser um vale fértil, um oásis, pode ser o que quisermos - e a paz que essa descoberta origina, vem do facto de sabermos que não estamos a fugir de nós mesmos, nem dos nossos medos, apesar das críticas.
Seguindo a linha de pensamento de Aristóteles, que acompanha esta publicação, quando temos coragem de enfrentar os nosso medos e de nos mexermos - remexendo tudo à nossa volta - há pessoas que não vão gostar, que vão criticar-nos, por vezes simplesmente porque, ao estarmos a enfrentar os nossos medos, estamos a lembrá-las de que não estão a enfrentar os seus... afinal, somos todos os espelhos uns dos outros.
Enquanto tivermos medos de críticas, vamos fugir, vamos esconder-nos de nós próprios, vai haver muita frustração e muitos enganos. E tudo aquilo que poderíamos trazer de positivo e útil a este mundo, vai ficar por fazer. É um desperdício tremendo, porque a Vida tem tanto mais para nos dar - e nós tanto mais para dar à Vida.
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