É engraçado como tantas pessoas são supersticiosas em relação ao número 13, quando este número tem um significado tão importante... aliás, um dos santos mais queridos dos portugueses, e de tantas outras pessoas pelo Mundo, Santo António, é comemorado hoje, dia 13 de Junho, por coincidência (se é que os acasos existem...) também uma sexta-feira 13. A questão com o número 13, é que ele significa uma mudança radical, um corte com o passado... e as mudanças nem sempre são bem vindas por quem tem medo de perder a segurança que (acha que) tem, mas é puro engano, porque nada é certo, nada é estático, no Universo, no Mundo ou em nós mesmos; estamos todos em constante mutação, mesmo se não nos apercebermos disso... As pessoas mudam, sim.
O Arcano 13 é assim "A Morte", no sentido de fim de uma coisa para o começo de outra totalmente nova, uma morte "simbólica", uma mudança de estado de consciência ou, por outras palavras, uma Iniciação.
O livro "O Tarot", de Frank Lind, diz assim: "Nesta fase, o homem chegou à conclusão de que todas as manifestações materiais são Maya (Ilusão); vê-se, no sentido físico, como um simples esqueleto do seu Eu real [tal como aparece na carta de Tarot correspondente], que tem a sua verdadeira morada num domínio mais elevado. Não poderá existir progresso para ele, se não se tiver libertado das limitações e estorvos da carne, falando metaforicamente, e não se tiver levantado da sepultura de todas as suas velhas tentações terrenas. Ele deverá renascer, em Espírito.
Aquele que não encara a morte neste sentido, está verdadeiramente morto; mas aquele que compreende que a morte deve ser conquistada pela regeneração da alma, está em vias de ganhar a vida eterna.
A Morte é a irmã gémea da Vida; Shiva (destruidor) e Brahma (criador) dos Hindus. Correctamente entendida, a morte é o elo entre o mundo visível e o invisível; é o princípio universal da transformação".
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"A morte é a maior das mentiras"
Henrique José de Souza
O desenho é do livro "O Principezinho" de A. Saint-Exupèry
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